MARIANA ESTER - MINHA NETA

MARIANA ESTER - MINHA NETA

terça-feira, 27 de outubro de 2009

SEGUNDO ENCONTRO - SEGUNDA FASE

segunda fase

Universidade de Brasília - UnB

Centro de Interdisciplinar de Formação Continuada

Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador (a) da Área de Formação: Profa. Zildiler Moreira da Silva

Formador - UnB: Mestra Zenaide Dias

Formadora Municipal: Edileusa Moreira da Silva Fernandes

Estado: RN

Município: Cel. João Pessoa

Nº. de cursistas: 05 (cinco) cursistas

Mês de referência: Outubro/2009


relatório do SEGUNDO encontro –


"Felizes os que humildemente olham o espelho de sua vida, que descobrem que não são deuses, que procuram superar a necessidade doentia de poder, de controlar os outros, de se fixar em preocupações, pois deles é o sabor inefável da liberdade e o paladar inexprimível da sabedoria”. (Augusto Cury)


Oi! Este é o nosso segundo encontro, nesta segunda fase. Que bom, estamos caminhando, nos encontrando e alcançando o queremos!!!


pauta:


1° momento: Texto para reflexão;

2° momento: Socialização da oficina da unidade 2, TP 1;

3° momento: estudo das unidades 3 e 4 do TP 1;

4° momento: Leitura, discussão, análise escolha das atividades do AAA a serem trabalhadas na sala de aula:

5° momento: concluindo o encontro...


DESENVOLVIMENTO:


1° momento: Texto para reflexão:



Realizou-se no dia 17 do corrente o segundo encontro do GESTAR II, na sala da Secretaria Municipal de Educação, para socializarmos a oficina do TP 1 e estudarmos as unidades 3 e 4, o mesmo teve duração de quatro horas iniciando as sete e trinta e terminando as onze horas e trinta minutos. Iniciamos com um texto para refletirmos um pouco o nosso ser GENTE, e nossa disponibilidade e fraternidade dentro e fora do trabalho (apresentado em slides), suscitando uma partilha de opiniões e pontos de vista a respeito do que lemos, envolvendo toda a vida pessoal e profissional, porque o bom desempenho de uma, está totalmente ligada a outra.

2° momento: Socialização da oficina da unidade 2, TP 1:

Esse momento foi um pouco frustrante, porque não fizemos a socialização, visto que os professores-cursistas alegaram os contratempos em suas escolas, como: planejamentos, reuniões, estudos, os quais já estavam agendados desde o início do ano letivo e não poderam ser adiados, atrapalhando o dia da socialização da oficina nas salas de aula, assim fizemos um novo agendamento para a socialização, aproveitando para esclarecer algumas dúvidas e trocar informações uns com os outros a respeito do desenvolvimento da mesma, modificando alguns pontos que ainda não estavam coerentes com o objetivo proposto: desenvolver no aluno a capacidade de criar, representar e dramatizar textos do TP e AAA 1, através da leitura, dos textos musicados e da interpretação dos mesmos.


3° momento: estudo das unidades 3 e 4 do TP 1:

Continuando, passamos para o estudo das unidades 3 e 4 do TP1 estudando na 3: O TEXTO COMO CENTRO DAS EXPERIÊNCIAS NO ENSINO DA LÍNGUA; e na 4: A INTERTEXTUALIDADE. A partir do estudo realizado em casa, já iniciamos discutindo a importância de se trabalhar textos na sala de aula, tendo em vista que a oralidade e a escrita são práticas interdependentes e importantes da sociedade atual e não podem ser tomadas como estanques e isoladas. Trata-se de processos eficientes, enquanto condições discursivas das formas de produção de conhecimento, seja em português ou qualquer outra disciplina, porque o texto, segundo Antonieta Antunes, é toda e qualquer unidade de informação, no contexto da enunciação. Assim toda e qualquer disciplina que lecionamos é composta de textos que devem ser explorados para melhor entendimento do aluno e maior eficácia no seu desenvolvimento cognitivo e social. Refazendo uma leitura na seção 2 da unidade 3, foi enfatizado muito bem o que está exposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais sobre a importância do trabalho com texto na sala de aula:


A importância e o valor dos usos da linguagem são determinados historicamente segundo as demandas sociais de cada momento. Atualmente, exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes dos que satisfizeram as demandas sociais até há bem pouco tempo - e tudo indica que essa exigência tende a ser crescente. A necessidade de atender a essa demanda obriga à revisão substantiva dos métodos de ensino e à constituição de práticas que possibilitem ao aluno ampliar sua competência discursiva na interlocução.

Nessa perspectiva, não é possível tomar como unidades básicas do processo de ensino as que decorrem de uma análise de estratos – letras/fonemas, sílabas, palavras, sintagmas, frases – que, descontextualizados, são normalmente tomados como exemplos de estudo gramatical e pouco têm a ver com a competência discursiva. Dentro desse marco, a unidade básica do ensino só pode ser o texto.”

(BRASil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental:língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental/ Brasília:MEC/SEF, 1998, p.23).

Os professores-cursistas falaram que a experiência do trabalho com texto na sala de aula deixa o aluno mais criativo, dinâmico e participativo nas atividades propostas e possibilita maior interação entre leitor e interlocutor, visto que a leitura é uma atividade que se realiza individualmente, mas que se insere num contexto social envolvendo disposições atitudinais e capacidades que vão desde a decodificação do sistema de leitura e escrita até a compreensão e a produção de sentidos para os diversos textos lidos ou produzidos por ele. Foi lido e discutido o texto AMPLIANDO NOSSAS REFERÊNCIA; e ainda, estudamos as seções da unidade 4, fazendo leitura compartilhada e algumas discussões sobre a intertextualidade, enriquecida por um vídeo dos Trapalhões que mostra claramente a paródia, uma das formas muito trabalhada em sala de aula.

Assim pode-se constatar que a língua deve entrar na escola da mesma maneira que existe vida afora, ou seja, por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, pois a perspectiva do GESTAR é formar alunos que saibam produzir e interpretar textos de uso social sendo eles orais e escritos e que tenham trânsito livre nas várias situações sociocomunicativas que permitem plena participação no mundo atual.


4° momento: Leitura, discussão, análise escolha das atividades do AAA a serem trabalhadas na sala de aula:

Foi realizada, em grupo, uma leitura e discussão sobre as atividades do AAA a serem trabalhadas na sala de aula sendo escolhidas aquelas que oportunizam maior interação entre os alunos e de maior referência com a intertextualidade e que proporcionem os mesmos a criar, interpretar e viver situações interessantes atribuindo um novo significado nas relações do ler, do ouvir e do falar.


5° momento: concluindo o encontro...

Como não houve a socialização da oficina da unidade 2, os professores não escolheram a da unidade 4 nesse encontro, ficando para o próximo após a socialização da anterior, então foi concluído o estudo com a avaliação do mesmo, como proveitoso porque proporcionou momentos de reflexão, leitura e discussão sobre a importância do trabalho com texto na sala de aula, a pluralidade intertextual apresentada que oportuniza o professor a lidar com uma variedade de textos, e ao mesmo tempo, oferecer ao aluno subsídios para que o mesmo possa produzir, ler e escrever vivenciando diversas situações de aprendizagem. Pois, trabalhar com textos é deixar aparecer às contradições, as semelhanças, as diferenças, as opiniões, o criar e o expandir. É trabalhar com uma pedagogia que cria condições para que aconteçam as articulações, as descobertas, os conflitos e o debate, estabelecendo relações de aprendizagem entre todos os alunos e de confiança com o professor, dando margem ao mesmo de repetir a frase de Marilena Chauí: “ao professor não cabe dizer faça como eu, mas faça comigo”, portanto a tarefa da escola e de todos os educadores que nela atuam, é a de aumentar o repertório dos aprendizes, facilitar a aprendizagem, gerar condições e ambientes para o estabelecimento de articulação, entre informações e conexões múltiplas e sínteses. É ensinar que ler e escrever trabalhando textos, promovem socialmente, dão acesso à cultura e ao conhecimento, são um modo de relacionar o que se faz na escola com o que existe fora dela e que essa prática desenvolve-se através de responsabilidade partilhada entre professor e aluno, em que o primeiro atua como guia, apoio, mediador de cultura e o segundo como sujeito ativo da aprendizagem.



planejamento do segundo encontro do GESTAR II



Universidade de Brasília - UnB

Centro de Interdisciplinar de Formação Continuada

Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador (a) da Área de Formação: Profa. Zildiler Moreira da Silva

Formador - UnB: Mestra Zenaide Dias

Formadora Municipal: Edileusa Moreira da Silva Fernandes
Estado: RN Município: Cel. João Pessoa
Nº. de cursistas: 05 (cinco) cursistas
Mês de referência: Outubro/2009


Planejamento do SEGUNDO encontro:

OBJETIVOS:

  • Ler, refletir o vídeo “O DIA MAIS BELO”, procurando dar significado as imagens (não-verbal), constituindo uma unidade de informação e fazer comparações com o trabalho do GESTAR ,
  • Socializar a Oficina da unidade 2;
  • Discutir, junto aos professores, a oficina trabalhada fazendo uma revisão sobre o material estudado e posto em prática na sala de aula apontando resultados;
  • Realizar estudo e discussão da oficina 1 da unidade 2 em grupos pequenos e socializar o que foi estudado e discutido nos grupos menores
  • Estudar as unidades 3 e 4 do TP 1,
  • Realizar atividades das unidades no TP;
  • Ler, discutir e analisar as atividades do AAA e escolher aquelas adequadas ao nível da turma a serem trabalhadas pelos professores-cursistas na sala de aula.


METODOLOGIAS:

· Leitura compartilhada;

· Discussão e socialização da oficina da unidade 1;

· Point power com o conteúdo das unidades 3 e 4 do TP 1;

· Estudo dirigido;

· Atividades coletivas;

· Análise e escolha das atividades do AAA para serem trabalhadas em sala de aula;

· Socialização de estudo a partir do detalhamento das unidades;

· Aula expositiva e dialogada.


AVALIAÇÃO:

  • O encontro será avaliado continuamente, através da participação do professor-cursista nas discussões e interação nas atividades desenvolvidas., bem como na elaboração e simulação da oficina a ser aplicada em sala de aula com seus alunos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL, Ministério de Educação: Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II, TP1, unidades 2, 3 e 4; Secretaria de Educação Básica 2008

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PLANEJAMENTO E RELATÓRIO - SEGUNDA FASE

segunda fase

relatório do primeiro encontro –

pauta:

1° momento: Texto para reflexão;

2° momento: Socialização da oficina da unidade 20, TP 5;

3° momento: estudo das unidades 1 e 2 do TP 1;

4° momento: Leitura, discussão, análise escolha dentre os Avançando na Prática da unidade 2, a ser aplicada na sala de aula:

5° momento: planejamento da Oficina e elaboração do calendário da socialização da mesma;

6° momento: concluindo o encontro...

Olá! eSTAMOS REUNIDOS PARA O NOSSO PRIMEIRO ENCONTRO PARA ESSA SEGUNDA FASE: SEJAM TODOS BEM-VINDOS!!!

“Falar é uma das atividades humana e cultura, falar bem é uma arte, mas falar para que os outros entendam é mais que uma arte, é sabedoria, porque a fala é a maior arma da comunicação”

desenvolvimento:

1° momento: Texto para reflexão:

Retrato de velho

Tem horror a criança. Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. Menino é bicho ruim, comenta. Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.

No trocar de roupa, atira no chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para


Lavar.

Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta, vasculha, retira o que é seu, lava-o, passa-o. Mal, naturalmente.

– Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro, para evitar que ele desperdice água.

Espanta-se com os direitos concedidos às empregadas. Onde já se viu? Isso aqui é o paraíso das criadas. A patroa acorda cedo para despertar a cozinheira. Ele se levanta mais cedo ainda, e vai acordar a dona de casa:

– Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!

As empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença ainda é mais terrível.

As netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido de mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que pouca-vergonha é essa? Esse bandalho aí conspurcando o leito de uma virgem? Ou quem sabe se nem é mais virgem?

– Vovô, o senhor é um monstro!

E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa. – A senhora deixa suas filhas irem ao baile sozinhas com rapazes? Diga, a senhora deixa?

– Não vão sozinhas, vão com os rapazes.

– Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo quanto é festa.

– Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.

– É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!

Não se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três meses, e nova mudança, nas mesmas condições. O velho é duro:

– Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! – queixa-se ao sair.

Mas volta.

– Descobri que paciência é uma forma de amor – diz-me uma das filhas, sorrindo.


ANDRADE, Carlos Drummond de. Retrato de velho. In A bolsa & a vida. Rio de Janeiro, 1962. p. 207-209.


Ao ler o texto, percebeu-se a existência de alguns dialetos que foram identificados, houve discussão sobre os mesmos, sendo apontados outros de uso comum. Analisamos o texto também, numa visão mais ampla: social e cultural, que mostra a concepção de ontem e de hoje sobre a vida do jovem na sociedade, costumes, doutrinas e educação. Refletimos um pouco sobre o tratamento com o idoso, os cuidados, carinho, e/ou descaso com alguns pelos seus familiares. Toda a discussão permeou um pensamento mais aberto sobre o trabalho que estamos desenvolvendo no GESTAR, um olhar crítico sobre a escola, seus membros, a aceitação ou não do Programa, e de certa forma, a chegada do novo que trouxe um impacto positivo no modo de ensinar (orientar) e de aprender, oportunizando o aluno a descobrir os seus conhecimentos, através de suas produções, construções e curiosidades.

2° momento: Socialização da oficina da unidade 20, TP 5:

A socialização se deu de maneira clara e concisa. Cada professor-cursista fez o relato sobre o trabalho com mais quebra-cabeças, desta vez só textos escritos com inúmeras sugestões de organização dos mesmos sem que perdessem o sentido e o estilo da forma original em que se encontravam. Foi uma retomada da unidade 18 para detectar as falhas na aprendizagem do aluno e no trabalho do professor-cursista, para a partir daí, tentar melhorar o nível de produção e a continuidade de sentidos nos textos elaborados, com cuidado para não ferir a criatividade no ato da escrita, levando o aluno a perceber a importância da comunicação na relação humana.

3° momento: estudo das unidades 1 e 2 do TP 1:

Os cursistas fizeram uma leitura prévia das unidades 1 e 2, que foram discutidas no decorrer do estudo. Usamos o material fornecido pela mestra Zenaide e introduzimos mais alguns que os mesmos acharam necessários. A partir dos textos de cada seção, foram debatidas questões relacionadas ao conteúdo que estava sendo estudado, como: AS VARIANTES LINGUÍSTICAS: a língua e cultura, dialetos e registros do Português. Através do texto reflexivo mostrou-se os valores, tanto pessoais quanto de grupos que são construídos historicamente expressando a cultura das pessoas , suas experiências de vida em determinada época e lugar. Constatou-se que a língua é um sistema a ser seguido, mas é aberto e oferece outras possibilidades de variação de uso se integram e se internalizam para formar um todo organizado. Durante todo estudo foram vistas as questões das variantes lingüísticas, a norma culta e a vivência no cotidiano de quem está lidando com alunos de sexto ao nono ano, idade para gírias e dialetos de grupos. Continuando o estudo, lemos e discutimos o texto “Ampliando nossas referências”, para melhor entender a variação lingüística. Foram realizadas, ainda, as atividades do TP seguida de debate e de diálogo. Apreciando as músicas ASSUM PRETO, de Luiz Gonzaga na voz de Elba Ramalho e TROCANDO EM MIÚDOS, de Chico Buarque de Holanda, fez-se um paralelo entre a norma culta e a linguagem coloquial existentes nas mesmas, observando a significação e a eficiência no trato com a gramática na sala de aula objetivando desenvolver no aluno a capacidade de compreender e produzir os mais diferentes tipos de textos, para as mais diversas situações de uso da língua. Com a atividade referente ao CASAMENTO DOS PEQUENOS BURGUESES, (Chico Buarque), questionou-se a qualidade do texto literário e uso da língua padrão, como também a riqueza ou não na criatividade da letra e a oportunidade de se trabalhar mais as atividades orais em sala de aula. Em equipe, foi realizado o estudo, a analise e escolha das atividades do AAA a serem trabalhadas na sala de aula, justificando o porquê das escolhas

4° momento: Leitura, discussão, análise escolha dentre os Avançando na Prática da unidade 2, a ser aplicada na sala de aula:

Após o estudo, hora de escolher um dos AVANÇANDO NA PRÁTICA para ser trabalhado com os alunos dentro das horas vivenciais. Em grupo, leram, debateram e escolheram o da seção 2 da unidade 2 por considerarem mais abrangente, no sentido de oportunizar um trabalho de linguagem oral e escrita e de expressão visual mais criativo e dinâmico na dramatização. Forma escolhidos, além dos dois textos: CASO DO VESTIDO E CASAMENTO DOS PEQUENOS BURGUESES, outros textos do AAA, para serem distribuídos conforme o número de grupos formados nas salas.

5° momento: planejamento da Oficina e elaboração do calendário da socialização da mesma:

Após a escolha, juntos planejamos o trabalho com a oficina e traçamos um calendário para a socialização com o objetivo de podermos acompanhar cada professor-cursista apoiando e auxiliando durante o desenvolvimento de todo o trabalho.

6° momento: concluindo o encontro...

O encontro suscitou um despertar mais significativo para o trabalho com a língua portuguesa. Os professores sentiram a necessidade de trabalhar mais a linguagem oral, não apenas com as situações de fala, mas com as de escuta, a modalidade escrita como atividade constante da sala de aula, observaram que os bons textos devem ser oferecidos para a turma, sejam eles literários ou não, tendo o cuidado de não estabelecer relações indevidas entre escrita, norma culta e registro formal e literatura, ou fala e informalidade. Com o trabalho os próprios alunos descobrirão os erros e os acertos. Por isso é muito importante que se valorize os textos produzidos por eles, assim, os mesmos sentirão que suas produções têm valor de cunho humano e cultural. “Trabalhar o erro é tão importante quanto trabalhar o acerto. É na descoberta do erro que se descobre como acertar. Mas o que é o erro? Talvez eu não consiga responder, pois vivo errando, mas quero continuar vivendo para descobrir como se trabalhar o CERTO!


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

segunda fase do GESTAR II - RELATO DA FORMAÇÃO


SEGUNDA FASE DO GESTAR II

RELATOS DA SEMANA DE FORMAÇÃO

DATA: 21 À 25 DE SETEMBRO DE 2009

LOCAL: NATAL – RN

PROFESSORA: MESTRA ZENAIDE DIAS

ESTUDO DOS TPs: 1, 2 E 6

A segunda etapa de formação do GESTAR II realizou-se de 21 a 25 de setembro do ano em curso, em Natal – RN, mais especificamente no hotel Praia Mar, com a Professora Mestra Zenaide Dias que nos acolheu com alegria.

No primeiro dia fomos recepcionados com um café no salão do hotel com todas as turmas de Língua Portuguesa e Matemática, na oportunidade foi novamente apresentada a equipe formadora e houve uma bonita apresentação de uma coreografia por um grupo de danças. Em seguida fomos para a sala, a professora fez sua apresentação, pois não a conhecíamos, depois cada professor-formador se apresentou e socializou o seu trabalho com o GESTAR no seu município. Foi uma rica experiência, na qual trocamos informações, opinamos e buscamos concretizar os nossos anseios, amenizando nossas dúvidas.

Após a socialização a Mestra Zenaide teceu comentários parabenizando e incentivando o trabalho, mostrou orientações fundamentais para a confecção e organização do Portifólio que estamos construindo com os relatos do nosso trabalho. Seguindo seu planejamento, a mestra fez a pergunta: como trabalhar Língua Portuguesa; ouvindo e socializando as possíveis respostas, conhecimento prévio para o estudo do TP 1, mostrando as características da língua, variantes lingüísticas, discutindo as interrelações entre língua e cultura; os dialetos e os registros do Português, enriquecendo todo o conteúdo com o filme Cidade de Deus - Coroa do Imperador , partes 1 e 4, a partir desse, a mesma argumentou questões como dialetos, registro, norma culta, modalidades de língua, entre outros, aprofundando, ainda, esses pontos com o texto: NOIS MUDEMO, fazendo um paralelo entre o que lemos e o que escrevemos; mostrando que os valores tanto pessoais quanto dos grupos são constituídos historicamente porque expressam a cultura dessas pessoas ou grupos e dependem basicamente das experiências de vida do indivíduo e de seu grupo, ocorridos em determinada época e lugar.

No segundo dia - Continuando o estudo com o TP 1 foi discutido as características do texto literário como aquele que apresenta liberdade completa no uso das variantes da língua e vai criando limites e adequação de cada escolha do autor. Após as exposições dialogadas foi trabalhada a música “TROCANDO EM MIÚDOS” de Chico Buarque de Holanda, complementando o que já havia sido discutido. Depois foi realizada a atividade 11 da unidade 2: O CASAMENTO DOS PEQUENOS BURQUESES, discutindo a estrutura simples e repetitiva do poema e as ambigüidades fundamentais existentes, como também as variantes lingüísticas do texto literário. Foi feito um paralelo entre as letras das músicas Trocando em Miúdos e Assum Preto, enfatizando o uso da norma culta e/ou coloquial; o uso da gramática normativa como padrão; que não deve ser exigida ou trabalhada sem um significado ou contexto. Foi realizada uma leitura compartilhada da seção 1 da unidade 3, discutindo a importância do texto verbal e não verbal e da leitura como processo de atribuição de significados a qualquer linguagem. Foi realizada uma leitura do texto “Ampliando nossas Referencias” e em grupo foram analisadas atividades do AAA e socializadas para maior conhecimento do grupo.

A tarde iniciou-se o estudo com o TP 2 que trata da análise literária, tecendo considerações sobre o uso da gramática descritiva como processo de construção do conhecimento reflexivo. Foi realizada mais uma leitura compartilhada onde se discutiu a utilização da gramática identificando-a não como privilégio da norma culta, mas como um meio de busca de enriquecimento de um conhecimento prévio trazido pelo aluno para a sala e aula.

No terceiro dia continuando o estudo do TP 2, foi realizada uma leitura compartilhada do texto: “Ampliando nossas referências” da unidade 1, surgindo uma discussão sobre o ensino da gramática e seu tratamento funcional que trata a língua na situação de produção, contexto e sentido; a atividade referente ao texto com questões para compreensão e de cunho reflexivo através da socialização da mesma. O estudo das unidades, 4, e 5 se deu através de exposição dialogada e questionamentos. Na unidade 6: frase e sua organização,realizou-se a leitura do texto: “o Aluno Ideal” com uma rica discussão, além da realização das atividades 7, 11 e 12, que foram muito bem exploradas pela mestra com a participação de todos os professores-formadores. Houve uma pausa no estudo para apreciarmos o trabalho do poeta Antonio Francisco,autor de muitos cordéis, inclusive do livro “DEZ CORDÉIS NUM CORDEL SÓ” que presente nesse evento, mostrou o seu talento como repentista contribuindo para enriquecer o nosso conhecimento sobre a língua, dialetos e registro inseridos nos seus versos, já trabalhados durante o estudo. Ao retornamos a sala, o estudo continuou, desta vez sobre a ARTE, tema da unidade 7, discutindo a importância do papel, as características da linguagem “para termos clareza quanto ao poder da mesma num mundo marcado pela concorrência e pela luta no mercado de trabalho, cada vez mais ávido de informações.” na leitura compartilhada ARTE E FANTASIA” e na música “FANTASIA” de Chico Buarque, ficou muito bem esclarecido que quando nós vemos, lemos, ou pensamos em arte, devemos ter em mente a beleza, a estética, a criatividade, para definir o real do imaginário.

A tarde desse dia, assistimos ao filme: O CARTEIRO E O POETA, que retrata toda a subjetividade da arte, o qual gerou uma discussão que levou ao entendimento de que a arte é uma forma de conhecimento que está relacionado ao cotidiano humano, uma manifestação artística que se vive, mas muitas vezes não se percebe pela falta de conhecimento e internalização do belo.

Nessa tarde, ainda houve uma seção de leitura compartilhada do texto DONA INÀCIA, para a identificação das figuras de linguagem e outros recursos do texto literário que constitui uma condição estética, mostrando a beleza e a riqueza de linguagem. E para encerrar, em grupo, foi realizada uma análise das atividades do AAA e escolhida as mesmas que devem ser trabalhadas em sala de aula justificando a escolha mediante o que foi estudado e debatido.

No quarto dia, após a socialização das atividades do AAA,a mestra iniciou o estudo com o TP 6, uma continuidade do TP 5 trabalho na primeira fase do GESTAR, gêneros textuais, trabalhando agora a argumentação e a produção textual de forma planejada usando a escrita, a revisão e a edição, mostrando que os erros, as dificuldades com a memória e a atenção são pontos de negociação de significados que o professor utiliza para desenvolver atividades e sugerir saídas diferenciadas durante a escrita. Em seguida foram propostas várias tendências na produção de uma literatura para adolescentes e critérios de seleção de obras, tendo em vista o gosto e o estilo que o mesmo vive e segue.para enriquecer o conhecimento foi exibido filme “ESCRITORES DA LIBERDADE” que mostra de forma criativa atividades capazes de despertar no aluno o prazer e o valor da literatura e da produção textual , como também alguns valores que o adolescente cultiva, como a liberdade de expressão. Na unidade 22, foram apresentados elementos de reflexão e estratégias relacionadas ao planejamento de textos, e, na atividade 3 da seção 1 nos foi sugerido que escrevêssemos conforme as instruções escritas, para descobrirmos e introduzirmos mais conscientemente as partes de um texto argumentativo, para tanto foram desenvolvidas outras atividades que visavam levar cada um a refletir sobre seu próprio processo de planejamento relacionando-o com o objetivo da atividade de escrita e a condição sócio-comunicativa.

No quinto dia, foram socializadas as produções individuais de acordo com o planejamento e discutidas as concepções de mudança na produção textual, solicitando ao aluno um planejamento, revendo a prática de escrever, criar e analisar obras literárias para o nosso aluno. Houve, ainda, uma seção de estudo, analise e escolha de atividades do AAA, justificando e socializando a tarefa. Depois um vídeo com muito humor, para descontrair, mas também com uma figura de linguagem muito usada por todos: pleonasmo. A mestra Zenaide, teceu suas considerações a respeito da semana de formação e encerou a mesma com uma avaliação.

E agora: O que dizer? Foi maravilhoso, muito estudo, muita aprendizagem, muita troca de experiências e muitas dúvidas, claro! Porque quanto mais nos aprofundamos mais descobrimos necessidade que temos de buscar o novo, de enriquecer o que já temos, de inovar o que é preciso. Com o trabalho que fizemos durante a semana detectamos tudo isso. E as dúvidas são partes desse processo de busca e de crescimento. Parabéns Mestra Zenaide, VOCÊ é simplesmente uma EXCELENTE formadora (TUTORA)!!!!


Rimando também relata-se:

Chegamos segunda-feira

Na melhor das intenções

Pra continuar o estudo

Do GESTAR, mas indecisões

Aconteceram na entrada

Levando-nos pra outro lado

Sem termos outras opções



Ao entrarmos na sala

Notamos uma mudança

O Prof. Ricardo não veio

Mas a Zenaide nos alcança

Com grandes colocações

Essa troca foi perfeita

A turma dessa vez avança


E no primeiro momento

Se deu a socialização

Cada colega falou

Da realização

Do GESTAR com sua turma

Mostrando esse trabalho

Com muita satisfação


Depois que todos falaram

A mestra com atenção

Falou de blogs, portfólio ou e-mail.

Como importante sugestão

Pra documentar o trabalho

Feito com todo cuidado

E com muita dedicação



Estudamos o TP1

Tecendo considerações

Discutimos atividades

Apontando sugestões

O TP 2 complicou um pouco

Com a questão da gramática

Gerando boas discussões.


Assistimos alguns filmes

Vídeos de expressivo valor

Músicas que nos incentivaram

Pra trabalhar com humor

Despertando criatividade

E outras possibilidades

Na ação do professor.


TP 2 e TP 6

De igual valorização

O estudo da gramática

Descritiva e reflexão

Planejamento cuidadoso

Na produção de textos

Realizando a socialização


A turma interagiu

Durante todos os dias

Aqui e acolá conversando

E às vezes não atendia

A mestra chamava a atenção

Aí todos se calavam

Ouvindo o que a mesma dizia.


Mas, mestra paciência

Nós só estávamos socializando

A conversa paralela

Que estava atrapalhando

São angústias escondidas

Que à medida que falavas

Estavam em nós aflorando


Este encontro proveitoso

Mexeu com nossa cabeça

Dúvidas temos de montão

Deixe que os encontros aconteçam

Prepare-se para os e-mail

Solicitando ajuda

Para que bons resultados apareçam


Parabéns pelo trabalho

Realizado com amor

Você é uma grande mestra

Suas ações nos provou

Discussões e comentários

Feitos com enorme valor

De quem conhece o que diz

E fala o que ZENAIDE falou!!!