RELATÓRIO DO SEXTO ENCONTRO – GESTAR II
LÍNGUA PORTUGUESA

O sexto encontro do GESTAR II de Língua Portuguesa aconteceu no dia 28 de julho na sala do GESTAR na Secretaria Municipal de Educação iniciando as oito e terminando às treze horas.
Mais um encontro para estudarmos as unidades. Nesse estudamos e socializamos as unidades 13 e 14 do TP4, vivenciando os momentos:
1° momento: o vídeo: O que é letramento?


2° momento: estudo e discussão das unidades 13 e 14.

3° momento: socialização das atividades realizadas em grupo incluindo o AAA do aluno.

4° momento: encaminhamento da terceira oficina, a ser trabalhada com os alunos, da unidade 14.

1° momento: O QUE É LETRAMENTO?

O vídeo suscitou uma ampla discussão da importância do letramento na escola e fora dela, porque segundo Paulo Freire: “O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra. Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras”. O letramento é um fenômeno de cunho social, e salienta as características sócio-históricas ao se adquirir um sistema de escrita por um grupo social. Ele é o resultado da ação de ensinar e/ou de aprender a ler e escrever, e denota estado ou condição em que um indivíduo ou sociedade obtém como resultado de ter-se “apoderado” de um sistema de grafia.

2° momento: estudo e discussão das unidades 13 e 14:

Foi estudado e analisado textos e atividades das unidades 13 e 14 do TP4 com muito sucesso, até aqui o mais aceito pelo grupo, pois trás informações necessárias tanto para o cursista como para os estudantes. Na oportunidade, preparamos um painel com gravuras relacionadas a sinais de trânsito, supermercados, enfatizando a leitura não-verbal, e ainda, e uma diversidade de gravuras com outros temas, inclusive, aproveitando os exemplos da unidade 13, sobre como cada um foi alfabetizado, havendo participação efetiva do grupo com calorosas discussões acerca dos textos estudados e apresentados. Foram feitas as intervenções necessárias e tiradas todas as dúvidas pertinentes.

3° momento: socialização das atividades realizadas em grupo incluindo o AAA do aluno.

Foi apresentado pelos cursistas as atividades das unidades, utilizando para maiores discussões o AAA do aluno, verificando a importância de trabalhá-lo na sala de aula, para suprir necessidades de leitura e escrita, como também de interpretação e produção. Esse momento oportunizou o professor-cursista enumerar suas dificuldades em desempenhar o seu trabalho junto ao Programa, embora com pontos positivos superando os negativos. Em seguida a turma foi dividida em dois grupos, os quais trabalharam sugestões de atividades do AAA que estavam de acordo com o nível da turma fazendo algumas adaptações à sua realidade. Depois aconteceu a socialização com opiniões dos mesmos, mostrando que o profissional de educação deve ser capaz de fazer sua interferência na realidade, o que certamente, gerará novos conhecimentos, e isto, é bem mais elevado do que simplesmente se enquadrar na mesma situação em que estava.

4° momento: encaminhamento da terceira oficina a ser trabalhada com os alunos da unidade 14.

Terminada a socialização das atividades o grupo optou pelo AVANÇANDO NA PRÁTICA da seção 2 da unidade 14 por perceberem a importância do letramento na vida do aluno e a produção textual que essa oficina proporciona ao mesmo, exigindo a participação efetiva e a criatividade, tanto no momento de construí-la como de apresentá-la aos demais colegas na sala de aula, e ainda, levando em conta que o letramento não está restrito ao sistema escolar, mas vamos neste trabalho nos deter mais profundamente por considerar que cabe à escola, fundamentalmente, levar os seus educandos a um processo mais sistemático nas práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita. Saber ler e escrever um montante de palavras não é o bastante para capacitar o indivíduo para a leitura diversificada, neste ponto entendemos que surge a necessidade de se letrar os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem. Na oportunidade os professores-cursistas simularam a referida oficina, como parte do processo de preparação e partilha de dúvidas, sugestões e troca de experiências. No final do encontro traçamos um cronograma para realização e apresentação das oficinas, nas salas de aula, para que pudessem ser acompanhadas por mim, professora-formadora.

Avaliação do Encontro:

O encontro foi muito proveitoso, os cursistas empolgados com o tema, com os conteúdos, atividades e discussões inerentes a este, mostraram bom desempenho e um conhecimento bem abrangente por se tratar de um tema trabalhado por eles em cursos oferecidos pelo município, o qual facilitou muito o trabalho e enriqueceu os momentos de discussão e troca de experiências. E como recomenda Magda Soares (Diário do Grande ABC, 2003):

“Alfabetize letrando sem descuidar da especificidade do processo de alfabetização, especificidade é ensinar a criança e ela aprender. O aluno precisa entender a tecnologia da alfabetização. Há convenções que precisam ser ensinadas e aprendidas, trata-se de um sistema de convenções com bastante complexidade. O estudante (além de decodificar letras e palavras) precisa aprender toda uma tecnologia muito complicada: como segurar o lápis, escrever de cima pra baixo e da esquerda para a direita; escrever numa linha horizontal, sem subir ou descer. São convenções que os adultos letrados acham óbvias, mas que são difíceis para as crianças. E no caso dos professores dos ciclos mais avançados do ensino fundamental, é importante cuidar do letramento em cada área específica.”