Centro de Interdisciplinar de Formação Continuada
Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador (a) da Área de Formação: Profa. Zildiler Moreira da Silva
Formador - UnB: Mestra Zenaide Dias
Formadora Municipal: Edileusa Moreira da Silva Fernandes
Estado: RN Município: Cel. João Pessoa
Nº. de cursistas: 05 (cinco) cursistas
Mês de referência:novembro/2009
TERCEIRO encontro
Esse nosso encontro se realizou no dia 04 de novembro, na sala do GESTAR II, na Secretaria Municipal de Educação das sete e trinta as onze horas e trinta minutos, com o objetivo de socializar a oficina desenvolvida, planejar a próxima e analisar os projetos elaborados e em desenvolvimento pelos professores-cursistas.
pauta:
1° momento: Texto para reflexão;
2° momento: Socialização da oficina da unidade 2, TP 1;
3° momento: escolha e planejamento da Oficina da unidade 4 e elaboração do cronograma de desenvolvimento e culminância;
4° momento: leitura compartilhada, discussão e análise dos Projetos elaborados pelos professores-cursistas;
5° momento: concluindo o encontro...
DESENVOLVIMENTO:
1° momento: Texto para reflexão:
Foi apresentado um vídeo com o texto QUASE de Luiz Fernando Veríssimo para uma leitura interior de vida como ser humano e profissional.
Foi realizada a leitura compartilhada e uma breve discussão sobre o texto fazendo referência ao trabalho do GESTAR, quando muitas vezes a oficina não sai como o planejado, mas se diz “QUASE” e não é analisada e replanejada para que aconteça de fato a aprendizagem. Ou ainda, quando não trabalhamos uma atividade mais complexa e mais interessante por medo deixando de oportunizar ao aluno a vivenciar mais amplamente outras experiências. Fizemos também uma leitura do texto de Ricardo Prado, intitulado O MELHOR JEITO DE FORMAR LEITORES É DEIXAR AS CRIANÇAS LIVRES PARA INVESTIGAR, FOLHEAR E ESCOLHER O QUE QUISEREM, que está bem de acordo com a proposta do GESTAR na valorização da leitura, da escrita e da produção textual, do aprender fazendo.
O Melhor Jeito de Formar Leitores é Deixar as Crianças Livres
para Investigar, Folhear e Escolher o que Quiserem
Ricardo Prado
Vamos conhecer duas histórias felizes de leitura. Nelas, os livros derrubaram preconceitos e antigos mitos pedagógicos. O mais persistente deles sugere ao professor usar textos para treinar encontros consonantais, localizar dígrafos ou preencher fichas de compreensão. Acreditava-se, assim, matar dois coelhos: um chamado análise lingüística, outro interpretação. Mas o que estava sendo morto, a golpes de gramática, era o futuro leitor. Graciliano Ramos relata, em Infância, que tomou raiva e desconfiança dos livros justamente por vê-los como obrigação, chatice, caceteação. Se alguém como "o velho Graça" trouxe dos tempos de escola essa péssima lembrança, dá para imaginar o estrago que a obrigação fez em cabeças menos preparadas. Ler naquela época, muitas vezes em voz alta e sob estreita vigilância do mestre, era quase uma sessão de tortura. É claro que muita gente encontrou gosto na prática, apesar da compulsoriedade. Raramente, porém, isso aconteceu graças a ela.
Esse caminho não deu certo. Tanto que no último Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa), um exame que envolveu 265 mil estudantes de 32 países no final de
certamente saiu mais rica", argumentou certa vez a consultora em educação e comunicação Madza Ednir, diante de uma professora inconformada com o mau estado de um volume dos mais disputados de sua escola.
Nossas duas histórias são felizes porque ousaram dar o verdadeiro nome ao ato de ler: emoção. Personagens misteriosos, tramas envolventes, surpresas ao virar páginas, desfechos inesperados, nada disso é um ato qualquer, corriqueiro. O escritor italiano Ítalo Calvino definia esse acontecimento mental poderoso, único, revelador de mundos, da seguinte forma: "Ler é aproximar-se de algo que acaba de ganhar existência".
O texto nos mostrou a importância do ato de ler e as propostas que levam o aluno a descobrir o prazer de ler, pois segundo Prado, as metodologias são muitas e através delas somos capazes de incentivar, inovar, motivar proporcionando o aluno a buscar conhecimentos e vivenciar novas e prazerosas experiências.
2° momento: Socialização da oficina da unidade 2, TP 1:
Os professores-cursistas detalharam como foi trabalhada a Oficina escolhida, apontando as falhas e contratempos, mas também o aprendizado adquirido durante todo o trabalho. Dos cinco professores, quatro trabalharam “O CASAMENTO DOS PEQUENOS BURGUESES” dramatizando, coreografando, encenando de maneira criativa e participativa. Usaram ainda, outros textos do AAA para serem encenados e interpretados e a produção de outros pelos alunos que foram apresentados no momento da culminância. Vale salientar que os textos foram escolhidos pelos alunos após a leitura de uma variedade de tipos e gêneros textuais levados pelos professores, pois tornar o hábito da leitura uma prática prazerosa no dia-a-dia do aluno é uma tarefa que desafia o educador. Parafraseando PAIVA, para superá-la, sua capacidade de analisar criticamente os textos disponíveis no processo de leitura deve favorecer uma construção de sentidos abrangendo diversas linguagens – a corporal, a imagética, a plástica, a musical, fazendo uma relação intima do aluno com os livros e, mais precisamente com os textos que lê.
3° momento: escolha e planejamento da Oficina da unidade 4 e elaboração do cronograma de desenvolvimento e culminância:
Em grupo, os professores-cursistas leram discutiram, analisaram e escolheram o Avançando na Prática da seção 3 da unidade 4, modificando um pouco a metodologia da mesma, optaram trabalhar os livros da Literatura
Escolher os livros (Obras);
Apresentar a oficina aos alunos;
Dividir a turma em grupo conforme os personagens do livro escolhido;
Ler a Obra na aula fazendo a interpretação do que leu;
Preencher ficha de leitura: Os elementos da narrativa; autor, edição, volume
publicação, genero;
Dramatizar um ato, cena ou capitulo do livro lido;
Socialização: em poucas palavras contar a história do livro, o porquê da escolha do
ato, cena ou capitulo que irão encenar;
Avaliação oral e/ou escrita sobre a oficina desenvolvida.
4° momento: leitura compartilhada, discussão e análise dos Projetos elaborados pelos professores-cursistas:
Depois da oficina planejada, em grupo, foram analisados os projetos elaborados e discutindo o desenvolvimento dos mesmos percebeu-se a semelhança nas atividades propostas e na metodologia utilizada. Assim os professores-cursistas decidiram unificar o projeto dando continuidade ao trabalho com um objetivo comum: LEITURA, ESCRITA E PRODUÇÃO TEXTUAL, levando o aluno a novas descobertas, incluindo o ponto de vista, pois como frisa a seção 3 da unidade 4 do TP1: “Como professor, é importante que não só suas atitudes, mas também suas propostas incentivem seus alunos a saírem do lugar onde estão para ocuparem o lugar do outro, para então tentarem enxergar as coisas de mais de um ângulo”. Nessa perspectiva, o projeto unificado dará oportunidade de se identificar a riqueza de pensamentos, de criatividade e criticidade dos alunos em cada etapa realizada em cada escola. (ver o Projeto em outra janela)
5° momento: concluindo o encontro...
Foi muito bom. Estudamos, discutimos, colocamos o nosso ponto de vista sobre o trabalho desenvolvido, mostrando que ainda é necessário muito estudo, muita vontade e muito dinamismo para continuar educando, oferecendo oportunidades para que os alunos possam sonhar juntos e transformar esse sonho na mais bela realidade, pois somos fios condutores de tantos jovens que buscam uma vida mais justa, mais humana e social. Eu resumo esse encontro em uma frase do psicólogo e educador Augusto Cury: "Ser educador é ser um poeta do amor. Educar é acreditar na vida e ter esperança no futuro. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência."
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